Quem Participa Dos Treinamentos
Todas as organizações, de quaisquer os segmentos e portes e todos os seus empregados podem participar de treinamentos comportamentais, independentemente do cargo ocupado ou de sua posição hierárquica. São os cargos mais altos, estratégicos, pessoas que lideram, diretores, gerentes, supervisores, coordenadores, os que lidam diretamente com equipes, aqueles que necessitam desenvolver maiores habilidades humanas, e conceitos sobre gestão de pessoas. São eles que dão o tom do clima interno, que motivam pessoas, que reconhecem os trabalhos e os esforços demandados na execução de tarefas;
“são eles que necessitam desenvolver as dimensões intra e interpessoais, trabalhando as emoções e as percepções.” (Petrocchi, 2007)
Abordagens Comportamentais
Um dos temas mais frequentes e necessários são os ligados às questões emocionais, ao uso positivo ou negativo das emoções. No livro “Inteligência Emocional no Trabalho” (Daniel Goleman, 1997) afirma que a falta da Inteligência Emocional (IE) pode prejudicar o progresso e o sucesso, tanto do indivíduo quanto da empresa, e, inversamente, o uso da Inteligência Emocional leva a resultados produtivos, tanto no que diz respeito ao indivíduo quanto à organização.
Divide em duas partes essenciais a IE no trabalho:
- Uso Intrapessoal da IE – q ue é o desenvolvimento dessa inteligência para uso próprio;
- Uso Interpessoal da IE – que é o desenvolvimento da IE para relacionar-se com o outro.
Dimensões a serem trabalhadas:
- Autoconhecimento ou autoconsciência que é capacidade de se auto monitorar, ver-se do lado de dentro e perceber-se cônscio de suas debilidades utilizando-se de suas próprias informações: pensamentos, sentimentos, interpretações e intenções;
- Autocontrole que é a capacidade de controlar as emoções, capacidade de perceber alterações fisiológicas e reações a um acontecimento externo;
- Capacidade de se automotivar – que é a condição de iniciar uma atividade, persistir nela, concluí-la independentemente dos obstáculos que surgirem;
- Desenvolvimento de técnicas de comunicação, capacidade de ouvir, dar e receber feedbcks, empatia, percepção de formas de comunicação e suas interferências, desenvolvimento de destrezas interpessoais;
- Capacidade de administrar conflitos, ou seja, adquirir condições de ajudar outras pessoas a se ajudarem, de acalmar pessoas, imparcialidade e capacidade de moderação.
Importante também que os treinamentos possam preparar equipes para que sejam mais produtivas, para a excelência no atendimento ao cliente, desenvolvimento de gestores, líderes, para desenvolver novas habilidades em negociação, vendas, criatividade, inovação, carreira. Deve-se levar em consideração que os treinamentos comportamentais conduzem os participantes à reflexões profundas, podendo dessa forma influenciar nas atitudes pessoais de seus colaboradores.
“Quando tratamos de aprimoramento comportamental por meio do treinamento […] o que observamos na prática é […] a ampliação do autoconhecimento, influencia diretamente nas escolhas das pessoas, tornando-as mais assertivas consigo e com o mundo. Se uma empresa concede este tipo de oportunidade a seus funcionários ela contribui com os mesmos em direção a melhores patamares de satisfação pessoal, além de torná-los mais conscientes de suas escolhas e em seus posicionamentos como empregados, também os influenciará positivamente como maridos, esposas, filhos, pais, etc. As consequências positivas acontecerão também fora da empresa, na vida privada e no eco-mapa de relação dos indivíduos.” (RODRIGUES, 2012)
TREINAMENTOS COMPORTAMENTAIS
Por Cida Montijo – Livro Treinamentos Comportamentais (Cap. 10) Editora Ser Mais – São Paulo)
Leia também:
Comportamento Humano nas Organizações – Parte 1
Comportamento Humano nas Organizações – Parte 2
Comportamento Humano nas Organizações – Parte 3
Comportamento Humano nas Organizações – Parte 5